Soneto de Fidelidade

Soneto de Fidelidade

Deuses do Amor - Última atualização: 26 de setembro de 2024

‘Soneto de Fidelidade’ é uma poesia romântica escrita por Vinicius de Moraes no Estoril, em outubro de 1939. Um poema que retrata sentimentos de amor, de paixão e de entrega pela pessoa amada.

Publicados posteriormente no livro Poemas, Sonetos Baladas (1946). A poesia ganhou logo fama e até hoje é conhecida por embalar casais apaixonados.

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Aqui pode encontrar uma excelente análise e interpretação da poesia feita por Carolina Marcello.

Curta biografia de Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes nasceu no bairro da Gávea do Rio de Janeiro. O pai Clodoaldo Pereira da Silva Moraes era funcionário municipal e violinista amador. Sua mãe Lídia Cruz de Moraes era pianista amadora.

Em 1916 a família mudou-se para o bairro de Botafogo. De Moraes escreveu suas primeiras linhas na escola. Em 1922 a família mudou-se para a Ilha do Governador, porém, Vinicius ficou com a avó em Botafogo para terminar a escola. Nos finais de semana a música era muitas vezes feita em casa pelo tio Henrique de Melo Moraes e Bororó.

Em 1924 começou o ensino médio. Aqui ele cantou no coral e começou a escrever pequenas peças. Em 1927 tornou-se amigo dos irmãos Paulo e Haraldo Tapajós, com quem escreveu suas primeiras composições. Recebeu o diploma em 1929. No mesmo ano sua família voltou para a Gávea.

De Moraes estudou Direito na universidade do Catete. Aqui fez amizade com o romancista Otávio Faria, que acendeu sua vocação literária. De Moraes formou-se em 1933.

Em 1936, ele conseguiu um emprego como censor de filmes no Ministério da Educação e Saúde. Dois anos depois, recebeu uma bolsa do British Council para estudar língua e literatura inglesa em Oxford. Em 1941 regressou e trabalhou como crítico de cinema para vários jornais, incluindo A Manhã. Também contribuiu para a revista Clima.

Em 1942, ele tentou encontrar um emprego no Ministério das Relações Exteriores, mas não conseguiu. Ele tentou novamente por um ano, com sucesso. Ele se juntou a esse vice-cônsul em 1946 em Los Angeles. Em seguida, seu pai se mudou em 1950 que faleceu, retornou ao Brasil, onde ocupou um cargo no Ministério das Relações Exteriores por vários anos.

Em 1953 tornou-se segundo secretário da embaixada de Paris. Ele posteriormente ocupou uma posição diplomática em Roma. Nesta última cidade organizou animadas festas na casa do escritor Sérgio Buarque de Holanda. De 1957 a 1960 trabalhou na embaixada de Montevidéu. Mais tarde trabalhou por algum tempo na delegação brasileira à UNESCO na Europa.

Em 1968, ele assumiu Da Costa como presidente e Silva aprovou uma lei que demitiu qualquer pessoa que ocupasse cargos no governo, mas não concordasse diretamente com a ditadura militar. Isso marcou o fim da carreira diplomática de De Moraes, para seu desgosto.

9 de julho de 1980 acordou com dificuldades respiratórias. Sua esposa Gilda Mattoso e Toquinho vieram em seu auxílio, mas sem sucesso.

Quando perguntado em uma entrevista se ele tinha medo da morte, ele respondeu: Não tenho medo da morte. Eu sinto falta da vida.


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